A famosa LGPD que virou uma sombra na cola das empresas pois deverá entrar em vigor em 2020, pode virar um fantasma graças a alguns congressistas que propõe a sua prorrogação para 2022. Na minha opinião esta prorrogação seria um retrocesso pelos seguintes motivos:⠀ ⠀ ⠀ 1. O argumento de tal prorrogação é que a maioria das empresas não estarão preparadas em agosto de 2020. Eu não acredito que em 2022 elas estarão. É muito provável que o cenário não será diferente, ou seja, a maioria das empresas não estarão preparadas em 2022.Haverá nova prorrogação em 2022?⠀ ⠀ 2. Prorrogar é dar um prêmio para quem não fez a sua parte. Para quem tomou as devidas providencias e se preparou para a Lei, qual a mensagem que fica?⠀ ⠀ 3. Comercio Internacional: Ficaremos de fora pois teremos problemas em vender para a Europa, por exemplo. Levamos 20 anos para fechar um acordo com a Comunidade Europeia e agora vamos adiar por conta desta prorrogação?⠀ ⠀ 4. A proteção de dados pessoais é uma das prioridades do atual governo. Dificilmente tal prorrogação será sancionada pelo Presidente da República.⠀⠀⠀ ⠀ Se querem aliviar a vida das empresas, que tal reduzir a multa até 2022? Ao invés de 2% limitada a R$ 50 milhões, que tal 1% limitada a R$ 25 milhões? Mas, toda e qualquer empresa, seja qual for o tamanho ou indústria tem que entender que o foco é investir em segurança da informação e não na lei. A lei é apenas mais um dos motivos para se investir em proteção de dados; com ou sem lei a sua empresa continuará sendo alvo de ataques, que estão cada vez mais frequentes e mais sofisticados. Aliás, quem garante que a Autoridade Nacional de Dados terá braço para autuar todas empresas? ⠀
Você poderá não ser multado, mas corre risco de perder muita receita quando da ocorrência de um ataque bem-sucedido.
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